Antero de Quental (1842-1891) nasceu em Ponta Delgada, Açores. Licenciou-se em Direito na Universidade de Coimbra (1864). Revolucionário de temperamento, foi o ideólogo da sua geração literária, desempenhando papel central na Questão Coimbrã e nas Conferências do Casino. Como prosador deixou ensaios sócio-históricos e filosóficos. Como poeta, o seu lirismo de temática filosófica concentra-se na severidade do sonho, relatando o seu itinerário íntimo desde a dúvida religiosa até ao panteísmo de inspiração orientalista. A autenticidade dolorida do seu lirismo (Sonetos) só tem paralelo na lírica de Camões. Em Odes Modernas adota um tom mais revolucionário.