O Espanta-Pardais
Espanta-Pardais
Tinha dois braços abertos, uma perna de madeira, era feito de palha. Vestia um casaco com remendos de todas as cores, um chapéu preto com uma flor no alto e um cachecol comprido.
Era humilde, vivia triste, solitário e era muito sonhador.
Era um Espanta-Pardais amigo de todos.
Era humilde, vivia triste, solitário e era muito sonhador.
Era um Espanta-Pardais amigo de todos.
Maria-Primavera
Tinha cabelos verdes e dourados soltos pelas costas. Os olhos eram dois mocadinhos de noite com estrelas lá no fundo. Estava vestida de papoilas e malmequeres brancos e tinha pousado no ombro direito um pássaro verde com penas muito compridas e leves.
Era muito bonita, amiga, alegre e sábia.
Figueira
Era mal-humorada, egoísta e não era nada a convívios.
Chico-Estrela
Vinha montado numa bicicleta cor-de-rosa.
Era alegre, bem-disposto, amável e prestativo.
Trabalha numa oficina.
Resumo (Espanta-Pardais)
Havia um Espanta-Pardais que tinha um sonho. O seu sonho era conhecer a Estrada Larga.
Um dia a sua vida mudou. Sentada num monte de palha, a Maria-Primavera perguntou ao Espanta-Pardais o que se passava. O Espanta-Pardais responde:
- Gostava de conhecer a Estrada Larga, mas não consigo andar porque estou preso ao chão. Podes ajudar-me?
Claro que sim! respondeu a Maria-Primavera.
De seguida o pássaro Verde que estava pousado no ombro direito da Maria-Primavera foi perguntar à Figueira se lhe emprestava um ramo seco para fazer outra perna para o Espanta-Pardais.
Depois na sua bicicleta cor-de-rosa chegou o Chico-Estrela que ajudou a colocar a perna no Espanta-Pardais.
Despediu-se dos seus amigos e seguiu caminho.
Passaram 40 dias e 40 noites até que decidiram parar. O Espanta-Pardais adormeceu e quando acordou o menino-abelha disse-lhe para continuar mas não podia porque não sabia o caminho e se continuasse podia perder-se e nunca mais voltar.
Então só tinha uma coisa a fazer. Ficou ali. Chorou, chorou e chorou até que a sua palha.
Entretanto por causa das suas lágrimas a palha começou a apodrecer.
Passado algum tempo um pássaro pousou à beira do Espanta-Pardais e perguntou-lhe:
- Dás-me a tua palha para fazer o meu ninho?
O Espanta-Pardais deu-le a única palha que lhe sobrava, a do coração e morreu.